Porto Alegre, 10 de Outubro 2012.
"Tristes , estarrecedoras e preocupantes Noticias".
"Quando Avós, mães, Pais, Guerreiros,(as), Filhos, Crianças, se unem em uma LUTA PACÍFICA, a Nação Guarani reforça sua Fortaleza, sua dignidade, seu "Respeito para com a TERRA", com seus Ancestrais e também sua Indignação, que é Nossa indignação, frente ao descaso,descumprimento de Leis Nacionais e Internacionais e falta de União, de Consenso, de BOM SENSO, com o que deveria ser pensamento Coletivo de uma Sociedade dita 'Civilizada" e cumpridora dos seus Direitos e Deveres.
"Tristes , estarrecedoras e preocupantes Noticias".
(Liana Utinguassu)
COMUNICADO EM APOIO ,SOLIDARIEDADE E POR COERÊNCIA, JUSTIÇA E CONSENSO!
"Quando Avós, mães, Pais, Guerreiros,(as), Filhos, Crianças, se unem em uma LUTA PACÍFICA, a Nação Guarani reforça sua Fortaleza, sua dignidade, seu "Respeito para com a TERRA", com seus Ancestrais e também sua Indignação, que é Nossa indignação, frente ao descaso,descumprimento de Leis Nacionais e Internacionais e falta de União, de Consenso, de BOM SENSO, com o que deveria ser pensamento Coletivo de uma Sociedade dita 'Civilizada" e cumpridora dos seus Direitos e Deveres.
COMUNICADO EM APOIO ,SOLIDARIEDADE E POR COERÊNCIA, JUSTIÇA E CONSENSO!
Vivemos tempos muito mais que difíceis!
Aqui no RGS-Erechim, a Polêmica situação das Familias de Agricultores e Familias Guarani e as"Manobras" e falta de bom senso ,de Justiça que poderiam fazer valer um consenso,não existem!
Há que se considerar aqui que os Guarani devem e podem expressar-se e acreditamos que Jamais se quis ou se quer gerar injustiças e confrontos ,pois também as familias que ocupam estas áreas tem seus direitos, porém, quem fará valer um Consenso?
Sabe-se que o que irá acontecer não irá ser benéfico, nem para os GUARANI, tampouco para uma harmonia entre as familias de Agricultores que ali vivem.
(http://www.correioerechinense.com/2012/10/ministerio-da-justica-determina-que-100.html
Há que se considerar aqui que os Guarani devem e podem expressar-se e acreditamos que Jamais se quis ou se quer gerar injustiças e confrontos ,pois também as familias que ocupam estas áreas tem seus direitos, porém, quem fará valer um Consenso?
Sabe-se que o que irá acontecer não irá ser benéfico, nem para os GUARANI, tampouco para uma harmonia entre as familias de Agricultores que ali vivem.
(http://www.correioerechinense.com/2012/10/ministerio-da-justica-determina-que-100.html
Como ter esperança? Como não sentir-se injustiçado?
Como não entristecer e até rebelar-se?
Como não entristecer e até rebelar-se?
Ainda assim, nossos Avós, Gente da Terra, Guarani de lá, daqui e do Mundo se mostram Pacíficos, enaltecendo que o GUERREIRO (A) se mostrará em Pé, Presente até " o último momento" e ainda assim,seguirá vivo, mesmo que venha á dar á sua Vida por esta Terra,como sempre o fizeram nossos Antepassados e Ancestrais, conforme abaixo retrata a Carta Aberta, dos Guarani/MT.
Para entender e sentir o MODO DE SER GUARANI há que despír-se de muitas questões do ego, de vaidades ou jogos de poder, terá que sentir o canto da Alma, através do Coração "destemido", e verdadeiro.
Talvez a Humanidade, A Sociedade as 'pessoas"não saibam o que significa, porque tenham que voltar a percorrer o CAMINHO do CORAÇÃO."Peabiru".
Ser Guarani é SENTIR COM O CORAÇÃO!
50 Homens,50 Mulheres, 70 Crianças Podem Morrer SIM!
A Humanidade também será responsabilizada!!
O que sentimos não é traduzido em Palavras aqui.A Verdade é que poucos se manifestam, e nos IMPRESSIONA o Silêncio, a OMISSÃO!Sinto com meus Ancestrais, Antepassados,com a Familia e Nação Guarani e tambémsintouma ENORME IMPOTÊNCIA, frente à este Mundo tão INCOERENTE, INJUSTO e que CONDENA aos seus Irmãos(ãs) e SEGUE muitas vezes, como se NADA estivesse acontecendo!(Liana Utinguassú-Tata'endy)
Justiça brasileira ordena expulsão de indígenas Guarani Kaiowá
Carta da comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS para o Governo e Justiça do Brasil
Leia a carta na íntegra
Carta da comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS para o Governo e Justiça do Brasil
Nós (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, viemos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de da ordem de despacho expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, do dia 29 de setembro de 2012. Recebemos a informação de que nossa comunidade logo será atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal, de Navirai-MS.
Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay. Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira. A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados a 50 metros do rio Hovy onde já ocorreram quatro mortes, sendo duas por meio de suicídio e duas em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas.
Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.
Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.
Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.
Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.
Atenciosamente, Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay
Relatório do conselho Aty Guasu explica a situação dos Guarani Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay
Este relatório é do conselho da Aty Guasu Guarani e Kaiowá, explicitando a história e situação atual de vida dos integrantes das comunidades Guarani-Kaiowá do território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay, localizada na margem de Rio Hovy, 50 metros do rio Hovy, no município de Iguatemi-MS. O acampamento da comunidade guarani e kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay começou no dia 08 de agosto de 2011.
É importante ressaltar que os membros (crianças, mulheres e idosos) dessa comunidade proveniente de uma reocupação, no dia 23 de agosto de 2011, às 20h00, foram atacados de modo violentos e cruéis pelos pistoleiros das fazendas. A mando dos fazendeiros, os homens armados passaram permanentemente a ameaçar e cercar a área minúscula reocupada pela comunidade Guarani-Kaiowá na margem do rio que este fato perdura até hoje.
Em um ano, os pistoleiros que cercam o acampamento das famílias guarani-kaiowá, já cortaram/derrubaram 10 vezes a ponte móvel feito de arame/cipó que é utilizada pelas comunidades para atravessar um rio com a largura de 30 metros largura e mais de 3 metros de fundura. Apesar desse isolamento pistoleiros armados ameaçam constantemente os indígenas, porém 170 comunidades indígenas reocupante do território antigo Pyelito kue continuam resistindo e sobrevivendo na margem do rio Hovy na pequena área reocupada até os dias de hoje, estão aguardando a demarcação definitiva do território antigo Pyelito Kue/Mbarakay.
No dia 8 dezembro de 2009, este grupo já foi espancado, ameaçado com armas de fogo, vendado e jogado à beira da estrada em uma desocupação extra-judicial, promovida por um grupo de pistoleiros a mando de fazendeiros da região de Iguatemi-MS. Antes, em julho de 2003, um grupo indígena já havia tentado retornar, sendo expulso por pistoleiros das fazendas da região, que invadiram o acampamento dos indígenas, torturaram e fraturaram as pernas e os braços das mulheres, crianças e idosos. Em geral os Guarani e Kaiowa são hoje cerca de 50 mil pessoas, ocupando apenas 42 mil hectares. A falta de terras regularizadas tem ocasionado uma série de problemas sociais entre eles, ocasionando uma crise humanitária, com altos índices de mortalidade infantil, violência e suicídios entre jovens.
No último mês a Justiça Federal de Navirai-MS, deferiu liminar de despejo da comunidade Guarani e Kaiowá da margem do rio Hovy solicitado pelo advogado dos fazendeiros e, no despacho cita “reintegração de posse”, mas observamos que o grupo indígena está assentado na margem do rio Hovy, ou seja, não estão no interior da fazenda como alega o advogado dos fazendeiros. De fato, não procede à argumentação dos fazendeiros e por sua vez do juiz federal de Navirai sem verificar o fato relatado, deferir a reintegração de posse. Não é possível despejar indígenas da margem de um rio. Por isso pedimos para Justiça rever a decisão de juiz de Navirai-MS.
No sentido amplo, nos conselhos da Aty Guasu recebemos a carta da comunidade de Pyelito Kue/Mbarakay em que consta a decisão da comunidade que passamos divulgar a todas as autoridades federais e sociedade brasileira.
Tekoha Pyelito kue/Mbarakay, 08 de outubro de 2012
Atenciosamente,
Conselho/Comissão de Aty Guasu Guarani e Kaiowá do MS.
Egon Heck
Povo Guarani Grande Povo
Cimi 40 anos, 10 de outubro de 2012
Lembramos da PETIÇÃO que sempre estivemos REFORÇANDO!Agradecendo aos colaboradores na França que a fazem correr o Mundo.
(Liana utinguassu)
Fonte:http://www.cedefes.org.br/?p=indigenas_detalhe&id_afro=9297
Maitei, che oñopehenguenguéra, Maitei!! Añe'êta che angirû, ha pehengue guarã !
ResponderExcluir"NÃO SE PODE CONCEBER O QUE VEM SENDO PRATICADO CONTRA A NAÇÃO GUARANI/SEJA AQUI NO SUL,SEJA MT(MATO GROSSO), BRASIL E AMÉRICA LATINA! NÃO É MAIS POSSIVEL ISTO!"MANIFESTAMOS REPUDIO, INDIGNAÇÃO, TRISTEZA ,PORÉM, JAMAIS PASSIVIDADE OU OMISSÃO!"NESTE BLOG FAZEMOS EXTENSÃO DE NOSSA"LUTA PACÍFICA", CONSTANTE E JAMAIS DESISTIREMOS.
Alto lá! Esta Terra tem "Dono" Gritou Sepé! Mas,NUNCA SE ENTENDEU ESTA FRASE, creio...A Questão é que PERTENCEMOS A TERRA E A AMAMOS!CUIDAMOS, ao passo que o "NÃO"indígena(salvo exceções),ele se APROPRIA, VENDE, NEGOCIA E CONDENA á MORTE EM VIDA,áquelas CRIANÇAS, AVÓS, GENTE DESTA TERRA que sempre ali habitou..E ISTO VEM SENDO REINCIDENTE E SECULAR!A HUMANIDADE SERÁ RESPONSABILIZADA com certeza, por tamanha "omissão" e os Organismos Nacionais e Internacionais, bem como grande parcela da sociedade IGUALMENTE será "responsável",porque em verdade, QUASE NADA SE FAZ, e tampouco se colabora para FAZER.Sem mais palavras...
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