segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Queimada Grande Parte da "Alma" de Nossa História

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Foto: Idjahure Kadiwel




 Mariateresalucena: “Todos que por aqui passem protejam esta laje, pois ela guarda um documento que revela a cultura de uma geração e um marco na história de um povo que soube construir o seu próprio futuro”.  Inscrição na entrada do Museu Histórico Nacional

🔥Queimamos o quinto maior acervo do mundo.
🔥Queimamos o fóssil de 12 mil anos de Luzia, descoberta que refez todas as pesquisas sobre ocupação das Américas.
🔥Queimamos murais de Pompeia.
🔥Queimamos o documento de assinatura da Lei Áurea
🔥Queimamos o sarcófago de Sha Amum Em Su, um dos únicos no mundo que nunca foram abertos.
🔥Queimamos o acervo de botânica Bertha Lutz.
🔥Queimamos o maior dinossauro brasileiro já montado com peças quase todas originais.
🔥Queimamos o Angaturama Limai, maior carnívoro brasileiro.
🔥Queimamos alguns fósseis de plantas já extintas.
🔥Queimamos o maior acervo de meteoritos da América Latina.
🔥Queimamos o trono do rei Adandozan, do reino africano de Daomé, datado do século XVIII.
🔥Queimamos o prédio onde foi assinada a independência do Brasil.
🔥Queimamos duas bibliotecas.
🔥Queimamos o pergaminho datado do século XI com manuscritos em grego sobre os quatro Evangelhos, o exemplar mais antigo da Biblioteca Nacional e da América Latina.
🔥Queimamos a Bíblia de Mogúncia, de 1462, primeira obra impressa a conter informações como data, lugar de impressão e os nomes dos impressores, os alemães Johann Fust e Peter Schoffer, ex-sócios de Gutemberg.
🔥Queimamos A crônica de Nuremberg, de 1493, considerado o livro mais ilustrado do século XV, com mapas xilogravados tidos como os mais antigos em livro impresso.
🔥Queimamos a Bíblia Poliglota de Antuérpia, de 1569, Obra monumental do mais renomado impressor do século XVI: Cristóvão Plantin.
🔥Queimamos a primeira edição de “Os Lusíadas”, de 1572.
🔥Queimamos a primeira edição da “Arte da gramática da língua portuguesa”, escrita pelo Padre José de Anchieta em 1595.
🔥Queimamos o “Rerum per octennium...Brasília”, de Baerle (1647), com 55 pranchas a cores desenhadas por Frans Post.
🔥Queimamos exemplar completo da famosa Encyclopédie Française, uma das obras de referência para a Revolução Francesa.
🔥Queimamos o primeiro jornal impresso do mundo, datado de 1601.

🔥Queimamos um pouco da História do Brasil e da Humanidade...
[15:12, 3/9/2018] Mariateresalucena (Via  Whatsaap)


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Foto: Idjahure Kadiwel
Por Idjahure Kadiwel - Rádio Yandê

O incêndio que destruiu o Museu Nacional, localizado em São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, a partir da noite de ontem desapareceu com séries de coleções antropológicas, arqueológicas, botânicas e zoológicas únicas no mundo.

Estima-se uma perda total do acervo do Museu, patrimônio de inestimável valor histórico para a humanidade. No acervo de etnologia indígena, 150 anos de pesquisas haviam conseguido preservar mais de 40.000 objetos de mais de 300 povos indígenas, vários deles já extintos, uma das maiores coleções do mundo. A coleção abarcava principalmente artefatos de povos que ocupavam a Amazônia e o Brasil Central.

O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, criado em 1968, foi o primeiro curso de pós-graduação em Antropologia Social do país, assim como a primeira Pós-Graduação a implementar a reserva de vagas para estudantes indígenas, desde 2011. 

O descaso que ocasionou o incêndio, além da perda geral para vários setores da pesquisa científica, significa também um luto para a memória, a história e a antropologias indígenas do Brasil.

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