segunda-feira, 5 de março de 2012

Etapas Importantes neste caminhar! Gratidão á Familia Kaingang-"Komag"-

Rosangela Kaingang (Enfermeira)









(Banca de Artesanato Indígena Centro de Porto Alegre/RS- Andradas esquina General Câmara (Rua da Ladeira)
(Sempre juntas...assim estamos)

Artesanato Kaingang

(Na redenção com as Mulheres Kaingang) Maria, Rosângela, Noras, netos..

(Familia Komag)

(Foto tirada no centro de Porto Alegre/RS- Andradas com General câmara, onde se localizam diversas tendas de artesanato Indígena Kaingang e Guarani).

Compartilhando aqui "um pouco" desta caminhada e sempre agradecendo aos nossos Ancestrais e Antepassados, a nossa Mãe Terra (Yvy), queriamos fazer aqui um importante registro..
Há mais de 20 anos, quando comecei a buscar meus antepassados Mbyá Guarani aqui no Sul e em outras localidades, fui recebeida inicialmente por uma familia Kaingange muito especial!"A Familia Komagi".
Passamos aqui a registrar "um pouco" do que nos foi dito sobre esta familia, pelas filhas que vivem hoje,próximo à cidade,com suas respectivas familias,filhos,netos.. Em memória ,Respeito ao grande líder Kaingang, que residia na Terra indígena de Iraí, localizado no norte do Rio Grande do Sul, Komag (Cipó Imbé), índio Aristides da Silva Kómág, foi liderança dos povos Kaingang nos anos de 1969 á 1985 na Terra de Irai, na terra de Nonoai, se casou com Iracema do Santos filha do João Fabrício na terra de Guarita nos anos de 1958. Foi liderança Kaingang na terra indígena de Irai, próximo ao município de Irai. Indio lutador, sempre em busca de alternativas de sustento através dos trabalhos artesanais indígenas e valorização dos conhecimentos culturais da Nação Kaingang.
Na época dos anos 70 o KÓMÁG vinha para Porto Alegre/RS "à pé", tentar expor na rua seus trabalhos de artesanatos, mas enfrentava muitas dificuldades devido a proibição de vendas sob fiscalização da Prefeitura. Com muita luta, em 1975 através de Secretaria de Turismo no município de Irai, consegue um espaço para expor seus trabalhos na Exposição Internacional (EXPOINTER), onde pela primeira vez teve oportunidade de divulgar os artesanatos indígenas do Rio Grande do Sul.
A partir destas vendas conseguiu um pouco de recursos para ajudar o seu povo que passava miséria em condições precárias tanto financeiramente como de saúde. Nesta mesma época, fazia muito frio, enchentes e chuvas intensas nesta regiãoeram rotina e conta Rosângela e Maria Kaingange que éram crianças mas lembram muito bem d etudo que se passava e até hoje sepassa, com mais agravantes. Por isto estamos aqui para contar um pouco de tantas outras histórias do Pai e grande Guerreiro Kómág e sua grande companheira, Guerreira Iracema dos Santos. Este pai guerreiro passou a sabedoria, força, perseverança, coragem para´história prosseguir através dos seus filhos, netos... "Hoje somos em nove filhos, em torno de trinta e seis pessoas entre genros, noras, netos e bisnetos estamos morando em Porto Alegre/RS desde 1980, tentando buscar melhorias para nossa família através dos nossos trabalhos artesanais como uma forma de "auto-sustentabilidade".

Enfatizamos aqui, nosso apreço,gratidão eterna à esta familia em especial, por "nunca", de forma alguma,ter deixado também de me receber com as portas de sua Tekoá e de seus corações sempre prontos a abraçar, acolher..Vi os filhos de Maria e Vicente crescerem, hoje, "homens feitos", estudando e trabalhando também por ajudar a familia,seus Pais e repassar conhecimentos dos antigos,Avós, aos seus filhos também..Elesforam os que me conduziram,também aos meus Parentes Guarani.
Aqui colocamos algumas fotos do lindo artesantao e desta familia que volto à dizer, também me sinto parte.Sou de ascendência Guarani e o que me trouxe nesta vida, sempre foi e será manter o Ñanderekó Marangatu (Modo de Ser Guarani)respeitando a Terra e filhos(as) da Terra,sentindo sobretudo que somos todos irmãos(as) e não há diferenças entre nós.O Modo de sentir e viver, segue esta visão "Multiétnica"pluricultural, onde buscamos trocar saberes, aprender no caminhar e respeitar-nos.Não esquecemos jamais, àqueles que nos acolhem, desde seus corações e espíritos,sem qualquer "condição",apenas por
SENTIR-SE ,igualmente "irmãos", Parentese Amigos.Porém,também deixamos "claro" que agradecemos igualmente à tudo e todos que nos permitem estar, compartilhar,como sentem que podem e devem..Gratidão sempre!

As Fotos aqui postadas, foram com consentimento da familia,e são de acervo Familiar", também para registros e parcerias em Projetos, portanto,agradecemos este resguardo.(Liana Utinguassú)

3 comentários:

  1. Agradecimentos também aqui, a fotógrafa Kris Rosa que nos auxiliou nestas fotos.Não esquecemos o ontem,hoje e "amanhãs"..Aguyjevete!

    ResponderExcluir
  2. A população indígena brasileira encontra-se aproximadamente com 370.000(há dados hoje, já em 700.000) pessoas, distribuídas em 252(aproximadamente) povos com mais de 180 línguas identificadas. Atualmente no Rio Grande do Sul, possuí uma população de aproximadamente 20 mil índios, sendo cerca de 16 mil de etnia Kaingang, estão localizados na região norte do RS, os mesmos trabalham com agricultura e artesanatos para sobrevivência. Da etnia M’ymbyá Guarani estão mais situados na região Litorânea, estes trabalham mais na confecção de artesanatos.
    Cada um destes povos tem sua própria maneira de entender e se manifesta nas suas diferentes formas de organização social, política, econômica e de relação com o meio ambiente e ocupação de seu território.
    Não obstante, restam poucas dúvidas de que as condições de vida dos indígenas são precárias, colocando os em uma posição de desvantagem em relação a outros segmentos da sociedade nacional (SANTOS, 2003).
    Os fatores que contribuem para tanta miséria nesta comunidade são: terras e ambiente natural insuficiente e ou inadequados para a produção do modo de ser tradicional; proximidades dos grandes centros urbanos; acesso fácil de tudo o que não índio oferece; não atualização dos rituais tradicionais; trabalho como bóia fria fora da aldeia.
    Ocorre na maioria das populações indígenas a situação de mudança sócio-cultural são associados com a prevalência da doença. Os índios são considerados um grupo vulnerável frente á doença juntamente por causa das características de sua situação na sociedade envolvente. Em grande parte, entre os mais pobres do Brasil.
    No sul isso particularmente é verdadeiro, sendo a saúde dos povos caracterizadas por doenças carenciais á nutrição, etc. ( COIMBRA, 2003).

    ResponderExcluir
  3. http://www.youtube.com/watch?v=fAOvHuygWDg- Aqui neste video um video que retrata açõesmais frequentes do que se imagina.Acompanhamos estas ações, sempre que podemos e buscamos ,dentro do que fazemos, gerar visibilidade do que vem a ser O MODO DE SER DE CADA ETNIA, e do como a Sociedade pode e deve buscar Melhor informar-se,porque há que se CONSIDERAR O "ANTES" nesta história tanto daqui,como Brasil e Américas. CONSCIÊNCIA, RESPEITO, VALORIZAÇÃO CULTURAL,Direitos Humanos, Direitos Indígenas, RESPEITO AS LEIS.As questões de Terra e Territórios são assunto Polêmico .Este formato 'SOCIAL,POLÍTICO, ECONÔMICO que estamos vivendo,ainda hoje ,segue negando Direitos áqueles que aqui sempre estiveram ANTES!Tanto Guarani como Kaingange aqui no SUL, vivem esta questão SECULAR.

    ResponderExcluir