sábado, 26 de maio de 2012

ENSAIOS  E REFLEXÕES  DO  COTIDIANO



Outro dia,escutei o seguinte: “Você  tem que “aparecer mais em reuniões e  fóruns”,você  “anda sumida”..Quem não é visto Não é “lembrado”(a).
Quero aproveitar a  ocasião para  compartilhar  também  algo que acontece  quando se chega aos 50 anos e  é  fantástico! Cada etapa da vida  tem sua  particularidade, seus ritmos, seus apelos, suas necessidades  e  aprendizados  e aos  50, normalmente, os  ritmos são outros..
Se  sente  que é hora de recomeçar,reunindo tudo que já se viveu, sorrindo para  tudo, agradecendo, e vibrando com a vida, respeitando o que realmente  nos faz bem,o que sentimos  ser  realmente “ imprescindível” e  necessário em nosso dia dia..isto  se  traduz  em uma palavrinha: “SER FELIZ”, buscar  fazer  o que  se  SENTE que deve e  como se  PODE.
Não há mais tempos  para   “envolver-se  com estratégias de FAZ DE CONTA”(aos 50  isto fica  mais que claro), a paciência para certos  “cenários” que já se conhece  “um pouco”  da composição e dos “resultados”, acabam ficando  escancarados  demais e estas  frases, ou atitudes, embasadas  em “fundamentos  de aparências”, não se consegue mais “engolir”. Se já era delicado antes, AGORA, menos  ainda será “suportável”.
Sou realmente franca em dizer que  os  50 me deram e  seguem dando, uma seleção  natural  e um fortalecer  de  SENTIMENTOS  e  Valores, que  sempre considerei  saudáveis e  imprescindíveis: Lealdade, fidelidade, Comprometimento,compõem bases de RESPEITO,Autorespeito.
Os  50  geram também aquela   tranquilidade em DIZER o que se   está vendo, e  sentindo e se temos que levantar em uma reunião, Fórum, ou o que seja, e sair da  sala, porque as  “falas” já estão mais que  conhecidas e  seguem os mesmos vícios e  “engessamentos”,vaidades, Egos inflados,”nhanhas”    conhecidas,então  me  retiro,ou  expresso,mas  tem predominado um outro movimento dentro de mim(falando bem,em caráter pessoal).Não quero mais ser partícipe de ações onde  vejo bem que as  bases seguem sendo “as  mesas”que  encarceram,ali na frente..Quero  mudanças,JÁ!Aqui e  agora e  isto,parte  de nós mesmos,então,sigo sendo, Não buscando tornar-me..(creio que  é claro).
Sinto mais vontade de silenciar, do que  FALAR sobre o  que já se  falou tanto!! Há um RESPEITO por  si mesmo que  se  ancora  aos 50 (quase  que  imprimindo  UM BASTA!) e  uma  mais que necessidade em  NÃO  TER QUE  COMPROVAR seus passos,sua   caminhada e sim...deixar que    seu espírito fale,para quem assim estiver disposto(a) prestar ‘alguma atenção”e unir-se ou  não, mas para  isto,também há que SENTIR..
Pois  então, tendo escutado ultimamente,muitas argumentações deste tipo e outras  que  me  deixaram “chocada  com o como as pessoas  estão acostumadas  a projetarem  em “você”  questões que  passaram a ser “banalizadas”ou  esquecidas,por elas  mesmas..
Dou-me conta  aos 50, que  o que realmente  importa é FAZER, sem buscar   nada além de FAZER   compartilhar, no momento em que sentir  que será  “oportuno”, sem pressas, sem  “TER QUE”!
Esta frase: “QUEM NÃO É VISTO NÃO É LEMBRADO”..No mínimo deveria  sugerir  algumas reflexões, vamos à  elas:  1) Se  “alguém “deixa de estar”,Não deveria  se  buscar  SENTIR o porque? Ao menos telefonar? Ou  ..manifestar “alguma curiosidade”, visto que esta pessoa  normalmente   ESTAVA MAIS PRESENTE? NÃO estariam  os ditos “PRESENTES”, AUSENTES DE  SENTIR? É  sempre bom  se  fazer  uma  “auto- crítica”, auto avaliação,SEMPRE É SAUDÁVEL..Se  não, pode-se  incorrer  em um comportamento  altamente  “INDIFERENTE”, e  insensível..Mas, talvez  seja  isto..Falta de SENTIR.
A forma de SER  Indígena(Ñanderekó) por exemplo, também  reúne  “infinitas  particularidades”, não exatamente  aqui,focando em faixa  etária, agora, mas  sim, dentro desta questão de  “estar presente”como  as  pessoas  QUEREM e  como a Sociedade exige.
O Sentir Indígena,por  priorizar  “ SENTIR”, parte de  premissas  mais profundas  e  muitas  vezes  já se  sabe  que “tal situação ou pessoa”,carregam um perfil “ que  não irá  contribuir  e que  fará com que  “se perca  tempos”, ou se  gere  ilusões  com “promessas” ou  até atitudes  nada  “justas”, dentro da forma de SER Indígena .Ao escrever este  “breve”  texto, aintenção  é clara: “Compartilhar SENTIR”..Nada  além de compartilhar...
Como  carrego comigo este SENTIR,tudo que aqui escrevo, como uma mulher de  50, Indígena,mesmo que viva  na cidade,jamais deixo de  SENTIR assim e  talvez   “este seja” também um dos porquês  que    não  fico mais  tanto em “tantas”  reuniões..Fóruns..e  tampouco  me iludo  com “promessas”,tampouco gero expectativas, porque SINTO o que “É  viável” e  o que  esta no rol das  estratégias de  FAZ DE CONTA..E  aos 50,o tempo  começa a  ser mais  valorizado que NUNCA! TEMPO  OTIMIZADO,tanto para  si,como  para  quem dedicamos ‘TEMPOS”,ou para  ficar  “preocupando-se”.O Ocupar-se é fundamental! FAZER, e não desviar-se  do  que está “traçado em seu “destino”,digamos assim...
Outras  frases  tenho escutado.. e  em cada uma delas,reflito,SINTO..quem as  emite,onde e porque..e  as  que  são “ocultadas”frente frente, mas  sabemos, porque  Sentimos..Então,compartilho do seguinte:”Que  nos permita “em tempo, sempre”,dizer,expressar, de  coração aberto nosso SENTIR, pois  quem assim abre seu coração, abre  o ‘Livro de sua Vida”, se mostra presente e  RESPEITAMOS,porque    dignidade  nisto,também!

Liana Utinguassú
Plagiando “Facundo Cabral”...Diria  que : "Não SE ESTÁ SUMIDO,NEM SUMINDO..Talvez  haja  UMA “DISTRAÇÃO”,QUE NÃO PERMITE  UM SENTIR  MAIS APROFUNDADO” sobre  o que  cada um pode  estar Fazendo, Sentindo, e  tampouco  há  movimentos na  direção de  acolher, ou manifestar "algum SENTIR"..nisto,ficam então estas  "frases": QUEM NÃO É VISTO, NÃO É LEMBRADO", ou  outras tantas que  banalizam UM SENTIR de Amizade,de  Respeito e  consideração .. 







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